segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um desatino certo

Mente inquieta
Corpo inerte
Coração incerto

Perdem tempo
Perdem sono
Perdem peso, cor e paz

Enquanto querem
Palavras, respostas, resoluções

Esperam insones por
Vitória, arranjo e voz

Enquanto perdem,
Angustiam,
Sofrem,
Pelejam,
Superam,
Evoluem,

E...

Vencem as linhas tortas do destino
Com persistência voraz.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O limite não é o limite

Essa crônica é um descarrego de angústias, tristezas e ansiedades que têm pesado minha alma. Parece piegas, mas não, não é. E quem me conhece sabe muito bem disso. Sabe também que tenho ido muito além do que eu imaginava, do que muita gente um dia imaginou.

Sim. Eu fui longe. Venho de uma família humilde e saí de uma cidade do interior para testar o meu limite. Mas o que eu mal sabia é que jamais o conheceria de fato; jamais pensaria que teria tanta força e fé para vencer intempéries – dia após dia; e que sobreviveria à selva sim; e que teria tamanho equilíbrio para não divagar, não me maravilhar, e o mais importante, não surtar. 

Longe de mim fazer qualquer tipo de apologia sobre SP para quem escolheu viver aqui ou está pensando em vir para cá. Estou apenas dividindo minha percepção. Cada um tem a sua – conforme suas experiências e oportunidades.

Amo SP! Por isso – resolvi aceitar que jamais conhecerei o meu limite de sentir saudades da família, de viver no vermelho, de dormir com bichos de pelúcia na falta de um amor e de levar bolo dos amigos depois passar horas esperando por eles. 

Muitos chamam isso de aceitação, mas eu tenho um outro nome: serenidade - Um clichê que deixa nossa vida mais doce, mais leve ao passo que evoluímos e percebemos que confronto só traz desgaste, vícios e feridas. 

Eu quero ir mais longe. E sei bem onde quero chegar. Talvez, quando chegar lá – na publicação do meu livro infantil, na minha volta ao mundo, na consolidação da minha carreira como redatora, no arranjo da minha vida pessoal – eu possa conhecer o limite e queira parar de persistir, de insistir, de teimar tanto com os tropeços, pedras e paus que formam a geografia do meu caminho.