quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Antes de 'A vida que ninguém vê'

'A vida que ninguém vê' é uma fábula da vida real que comecei a ler antes mesmo de sentir frisson em ter adquirido um livro da Eliane Brum. Uma escritora que não é apenas detentora de mais de 40 prêmios e referência para todo jornalista, redator, aprendiz de escritor e pessoa que possui fascínio pela literatura do cotidiano e dos fantásticos anônimos, que se fazem mais interessantes que os famosos. Mas também, por ela ser um retrato delicado da palavra gente. 

Comecei a ler 'A Vida que ninguém vê' antes mesmo de tê-lo em minhas mãos e sentir o seu cheiro de papel novo misturado com o da tinta gráfica. Comecei no dia que desejei descobrir todos os heróis, as rainhas e os pequenos desbravadores da realidade, e passei a imaginá-los sob o olhar sincero que Eliane tem e usa para revelar cada uma das histórias que ela começa a escrever dentro dela, antes mesmo de conhecer os personagens. 

Li. Parei. Pensei. Refleti os sinônimos presentes no mundo de Frida, na coragem de Camila, na fibra de David Dubin e no doce, e jamais esquecido, sonho de Adail. Voltei a ler. Não conseguia parar. Queria apenas sentir e imaginar cada uma destas histórias épicas que passam por nós todos os dias, sem percebermos. Por que? Estamos ocupados demais com outras histórias. Às vezes superficiais. Às vezes peças em palcos virtuais. 

Viajei e não voltei mais. Nem mesmo quando alcancei a página 200, a última do livro e o começo de uma história que ninguém vê dentro de mim. Uma reedição de valores e ideias que me fará ver como ninguém as vidas que antes apenas brincava de imaginar como seriam através da criatividade dos olhos meus e que agora, ganham outros tons, outras vidas.

1 comentários:

Unknown disse...

Juliana,

Depois de ler "A vida que ninguém vê" tudo que vc vê na vida passa em "slow motion"...

É como se a vida estivesse entrado na poesia ou seria a poesia na vida... Ai não sei!

simplesmente sei que a doçura da voz da Eliane entra em cada palavra escrita como se ela estivesse viva.!!

Parabéns pelo belíssimo texto!!

Suilanith Mesquita

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